EXPLORANDO AVIÕES ABANDONADOS EM BANGCOC
Esta é uma tradução da postagem de Pete Rojwongsuryia no Solo Traveler Journal, do BucketListly. O post original você encontra aqui.
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Já faz um tempo desde a minha última missão urbana em Bangcoc (a visita ao arranha-céu fantasma que relatei aqui). Agora, estou de volta para uma outra aventura na capital tailandesa: explorar um Boeing 747 abandonado em um cemitério de aviões.
Um cemitério de aviões? No meio da cidade? Eu sei! Assim como você, fiquei surpreso quando descobri a existência disso. Não tinha a menor ideia sobre esse lugar até o dia em que vi algumas fotos na internet e decidi explorar cada canto dele. Aqui, você encontra um guia descrevendo o passo-a-passo dessa empreitada.
Importante: O cemitério de aviões é uma propriedade privada, logo, invadi-lo é ilegal. Não encorajo ninguém a fazer o mesmo que fiz e não posso garantir a segurança de quem decidir fazê-lo. Os aviões estão abandonados há muitos anos e suas estruturas estão perigosamente frágeis, com alto risco de desmoronamento. Se você decidir ir em frente mesmo assim, tenha ciência de que é por sua conta e risco.
COMO CHEGAR
O cemitério de aviões não é próximo a nenhuma parada de transporte público, nem há qualquer ponto de referência facilmente identificável nas redondezas. Assim, o melhor a fazer é tomar um táxi com destino à rua Ramkhamhaeng Soi 105. A maioria dos taxistas saberá onde é a rua, mas não a localização exata do Soi 105 – logo, você terá que atuar como copiloto e conduzir o motorista quando chegar à Ramkhaemhaeng. O Google Maps será um bom amigo nessa hora.
Conforme o táxi seguir pela rua em direção à região nordeste de Bangcoc, você notará alguns aviões de grande porte à sua esquerda. É quando saberá que chegou.
Sugestão: vá de manhã bem cedo, pois a coisa pode ficar feia se a aventura se estender até depois do meio dia.
COMO ENTRAR
Relembrando: trata-se de invasão de propriedade privada, então agora é a hora da verdade.
Quando fui, estávamos em quatro amigos e, quando nos aproximamos da pequena cerca de bambu que separa o cemitério da rua Ramkhamhaeng, notamos a presença de um vigia e da casa de sua família. Segui adiante e parei a primeira pessoa que encontrei para perguntar se poderíamos explorar um pouco o lugar. Era a mulher do vigia que, embora tenha sido um pouco relutante no começo, pediu 200 bahts de cada para deixar-nos entrar.
O QUE LEVAR
Você irá escalar uma estrutura enferrujada e caminhar sobre um solo instável, então alguns equipamentos serão necessários:
- Sapatos resistentes e antiderrapantes são essenciais. Você irá caminhar sobre uma superfície metálica bastante escorregadia, especialmente as asas do avião, bastante oleosas.
- Água. Bangcoc é quente e úmida em qualquer época do ano e a combinação do clima com a umidade dentro da estrutura metálica do avião vai lhe dar a sensação de estar caminhando dentro de um forno.
Acordamos de manhãzinha e, por volta das oito, pegamos um táxi para o cemitério de aviões. O lugar é uma joia escondida: não havia ninguém lá a não ser a gente.
Havia uns 4 ou 5 aviões abandonados no local, a maioria de pequeno porte. A exceção era um gigante de sucata perto da entrada: o 747.
Decidimos explorar o menor avião primeiro, para sentir um gostinho de como seria a experiência. Extremamente úmido, conforme esperado, e com um cheiro desagradável, mas tolerável.
L
Lógico que eu fui direto para a cabine do piloto. Nunca tinha entrado em uma, então essa era a minha chance!
Olhem para mim. OLHEM PARA MIM! Sou o comandante agora.
Boa parte dos painéis de controle ainda estava intacta. De qualquer forma, eu te aconselharia a não tocar em nada...
A área externa do cemitério era surpreendentemente verde. Um contraste perfeito entre uma estrutura enferrujada, feita pelo homem, e uma exuberante vegetação que toma o lugar.
Confesso que fiquei muito tentado em levar isso de suvenir para casa. Não seria o máximo ter uma máscara de oxigênio no seu quarto?
Depois de uma hora de preparativos, era o momento de explorar o chefão: o 747.
Se eu tiver deduzido corretamente, o 747 era da companhia Orient Thai. O motivo pelo qual ele estava no meio da cidade é um mistério para mim.
O melhor jeito de entrar dentro dele é escalando a abertura lateral. Assim, ó.
Esse foi um momento marcante... a primeira vez da minha vida em que botei os pés na Primeira Classe.
Então essa é a sensação de voar de Primeira Classe... não é tão confortável quanto eu imaginava.
Desiludido com a qualidade da Primeira Classe, decidi vazar e explorar outros aviões.
Crianças, não usem drogas. Olha o que fizeram com o Pikachu!
Essa foto captura perfeitamente o espírito da aventura urbana – o contraste entre vida e degradação.
Os outros aviões não estavam em condições razoáveis como os dois primeiros, então decidimos ficar na miúda.
Por volta do meio-dia, o pessoal que deixou a gente entrar começou a ficar nervoso e mandou a gente sumir dali. Não sei por que motivo.
Tiramos uma última foto da nossa gangue e decidimos encerrar nosso dia por ali.
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COMENTÁRIOS:
Nina Ferreira comentou 8 anos atrás
Show!! Mes que vem estarei lá =)