Dicas gerais de quem acabou de voltar de Londres
Quando decidi conhecer a Inglaterra, fui tomada por uma inquietação tão intensa que quase me fez desistir. Ir ao berço da língua inglesa era, para mim, um desafio muito diferente de ir a outro país onde me comunicava nessa língua com certa dificuldade. Mas, essa apreensão se desfez assim que cheguei a Londres; não encontrei uma só pessoa que não tenha podido me ajudar por não me entender. Aliás, trouxe na bagagem um monte de excelentes impressões que quero compartilhar e passar algumas dicas.
- A primeira coisa que fiz quando cheguei ao aeroporto Heathrow foi comprar o cartão Oyster e um crédito; a pessoa atrás de mim já logo se ofereceu para me ajudar a adquiri-lo na máquina de autoatendimento.
- A taxa de câmbio varia muitíssimo de um local para outro; no aeroporto é o mais caro, e na cidade a melhor taxa encontrei na Covent Garden FX, junto ao mercado. As casas de câmbio ficam abertas até as 18 horas.
- Não comprei o chip, e nem senti falta. O aplicativo que meu filho botou no celular, o Here, mostrava a minha localização exata e como ir a tal lugar onde quer que eu estivesse (fui à Escócia e Irlanda também), pois funciona "sem internet". O mapa é perfeito, como a do Google, detalhando nome de praças, lojas, estações de metrô e ônibus, hotéis, restaurantes, tudo! Além disso, em todas as esquinas de Londres há um mapa do tipo ‘você está aqui’ pra nos orientar.
- Faço questão de dizer que fiquei no The Z Hotel City. Além da boa localização, todas as tardes das 17 às 20 horas eles servem queijos, vinhos e embutidos de ótima qualidade aos hóspedes, de graça.
- Logo na primeira noite, descobri que a cozinha dos restaurantes, pubs, e até lanchonetes fecham às 22 horas. Como escurecia lá pelas 21h, é lógico que a gente quer aproveitar a luz do dia e explorar a cidade, depois dar uma descansadinha e ir jantar. Pois então, se você for das pessoas como eu que preferem beber beliscando algo, faça-o logo.
- A melhor maneira de se locomover por lá é andando, para apreciar a beleza arquitetônica da cidade. Ou de metrô. Ônibus mesmo só pegamos uma vez, quando fomos ao estádio do Wembley de trem, pois a porta não era automática, não se abriu e tivemos que descer uma estação depois, rss.
- Atravesse a Tower Bridge e caminhe até o Big Ben; você verá, na sequência, a prefeitura (um prédio em ovo), o edifício mais alto de Londres, a London Bridge, A Tate Modern junto à Millenium Bridge, o Southbank Centre, o London Eye e o Aquarium, já junto à Westminster Bridge. Parece uma distância muito grande, mas é muito coisa linda num só trajeto. Uma alternativa legal é fazer o trajeto de barco pelo Tâmisa.
- Se estiver com uma ou mais pessoa, o táxi pode ser uma boa alternativa. Evite pegar na hora do rush; quase perdemos um show por isso.
- Pertinho do estádio Wembley há um outlet com muitas lojas esportivas, como a North Face, Asics, Bjorn Borg, perfumes, etc. Uma camiseta sai por 14 pounds, uma pechincha comparada com as lojas do centro. Por isso, a dica é ir em outlet antes de começar as compras.
- Vários museus são gratuitos, e o British Museum e o Natural History são imperdíveis. Em todos eles há uma vistoria da mochila, assim como nos demais locais turísticos fechados. Quando fui ao museu de cera enfrentei uma fila enorme e até uma chuvinha para comprar o ingresso, já que não tinha adquirido antecipadamente on line, e aprendi o quanto esse detalhe é importante.
- Por mais que eu tenha pesquisado, foi pouco! Para aproveitar o máximo que a cidade nos oferece em shows e outras atrações, é preciso buscar todo tipo de ajuda (principalmente dos jovens que estão mais antenados) e com bastante antecedência. Porque eu não sabia, perdi o show do Eric Clapton, e quase perco uma exibição do Pink Floyd.
- Para assistir ao Lion King, comprei assento numa lateral da área térrea principal; paguei bem mais barato porque sinalizava uma visão restrita da peça, mas foi excelente. Quanto à roupa, as pessoas não estavam elegantemente vestidas como nos teatros que fui em Paris, Praga e Viena; certamente porque em peças musicais consagradas (fui ao Fantasma da Ópera também) o público maior é de turistas como nós, trajando informalmente.
- Londres é cheia de parques. Visitei vários, mas os que mais gostei são o St. James e Kensington, com muitas flores, lagos de cisnes e esquilos que se aproximam da gente. Nada como se programar para um descanso dos pés depois de longas caminhadas num lugar tão lindo! Mas, é bom saber que dificilmente se encontra lanchonete ou toalete nesses parques.
- Passe um dia nos mercados da Camden Town. É um lugar bem descolado, com bugigangas, antiquários, artigos bizarros, e muita comida de barracas.
- Talvez pela época que fui, em meados de maio, chuviscou quase todas as tardezinhas, e por isso a sombrinha sempre estava comigo.
- As moedas inglesas são terríveis para se identificar o valor porque não tem impresso o número e sim por extenso com letrinhas que mal se enxerga. O jeito é pedir para eles pegarem da palma da mão; aquelas pequenas, separe-as em grupos de 10 ou 50 pence, pois se não eles só pegam as maiores e você vai ficar com uma quantidade absurda de moedas na bolsa.
- Atenção: a moeda de um pound está sendo substituída por uma com bordas douradas, e alguns estabelecimentos já não a aceitam mais. Nem pense em trazer a velha para a próxima viagem porque é perda certa.
- Para quem não é bom no inglês, mas consegue entender espanhol, contratar uma agência em espanhol para um bate-volta é muito mais barato que os valores cobrados pelos brasileiros. É chato publicar isso, mas...
- Não se acanhe em pedir informações; os ingleses sentem prazer em ajudar os turistas.
- Para finalizar, não se deixe levar pelos horrorosos biscoitos amanteigados ingleses; eles aumentaram muitos centímetros à minha cintura, rsss.
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COMENTÁRIOS:
Marcos Arata comentou 7 anos atrás
Ótimas dicas Rute! Morei em Londres por 3 meses e tive muitas impressões iguais as suas! :-) Gostava muito de ir nos street markets da cidade, comida boa e mais em conta!
RUTECN comentou 7 anos atrás
Nossa, 3 meses? Que inveja! Queria poder ficar mais. Pois é, Marcos... Infelizmente, fui a Camden no dia de voltar para cá e ainda foi quando peguei a chuva mais forte. Tem muitos outros mercados por lá, né, que não deu pra conhecer. Um dia ainda volto, rss.