Un espresso per favore!

Não vamos dar uma aula de italiano aqui e sim explicar os diferentes tipos de cafés que existem na Itália.

Para começar que diferente do Brasil o café na Itália não vem aquela xicrinha cheia, e sim, um dedo de café para ser tomado em um único gole. Se quiser um maior peça un doppio per favore (um duplo). Ele é servido em menor quantidade pois é muito concentrado, de cor bem escura, uma espuma densa e muito cremoso.

Na questão produção e qualidade dos grãos de café o Brasil está como um dos melhores do mundo, mas o café italiano é famoso e considerado um dos melhores devido ao desenvolvimento da técnica do expresso e a qualidade do processo de torrefação.

O café expresso foi criado no norte da Itália no final do século 19. Mas o expresso cremoso, como conhecemos hoje, é uma criação do final da década de 40 do século passado, possível graças à criação da cafeteira Gaggia modelo clássico.

E a famosa cafeteira italiana ou Moka é uma cafeteira à pressão que produz o café por meio de vapor da água. O invento foi patenteado pelo inventor Luigi De Ponti em nome de Alfonso Bialetti em 1933, cuja empresa, Bialetti continua produzindo o mesmo modelo até hoje. Para usá-la, basta colocar água no recipiente de baixo, o pó de café no filtro intermediário e levar ao fogo. O café pronto pra beber ficará no recipiente de cima.

Os italianos só tomam café feito na hora, mesmo em casa. Guardar café em garrafa térmica para ir bebendo ao longo do dia não existe por aqui. E para adoçar nada de adoçante! Na maior parte dos cafés afastados das áreas turísticas das cidades, é praticamente impossível encontrar algo para adoçar a bebida que não seja açúcar.

O Instituto Nacional do Expresso Italiano (Inei) foi criado para proteger o estilo italiano de beber café. “Redes internacionais de café estão se espalhando, chamando o café que servem de expresso italiano”, disse o presidente do Inei, Luigi Zecchini, no site da organização. Mas, “por trás do nosso expresso… há uma cultura única e inigualável.”

O Starbucks está em todo o lugar, mas não na Itália. O fundador do Starbucks, Howard Schultz, teve a ideia de montar sua rede de cafés enquanto tomava um expresso em Milão. Ele pegou um bom produto, repaginou-o (a seu modo) e o tornou global. Mas, para os italianos, o café servido no Starbucks?—?ou em qualquer outra rede?—?é bem diferente do italiano que o inspirou, apesar dos nomes que aparecem nos menus.