Gosto muito de animais e um que acho lindo é o Lobo Guará.

Sabia de sua presença em algumas regiões, mas sempre pensei que seria ter sorte demais poder um dia vê-lo. 

Então há alguns anos assisti a uma reportagem do Fernando Gabeira, que estava visitando um lugar chamado Santuário do Caraça, e uma das atrações do lugar era o Lobo Guará. Pensei..... pronto está aí a oportunidade.

Guardei o nome do lugar pensando só no Lobo. Os anos passaram e não aparecia oportunidade de ir ao Santuário por um ou outro motivo. E nesse ano de 2020, transformei 10 dias de férias em 15 para caber a Serra Catarinense e finalmente o Caraça, por causa do Lobo. 

E então em 2019 comecei as pesquisas e percebi : “nesse Caraça tem algo a mais”. Lembrava da história do local pelo programa do Gabeira. Mas na oportunidade pensava apenas no Lobo. Reli a história, pesquisei sobre Catas Altas, me apaixonei pela Capelinha de Santa Quitéria e o Santuário chamou a atenção não só pelo Lobo, mas também por sua história e por suas belezas naturais. 

Fomos pra Catas Altas, ficamos por ali 2 dias conhecendo o local e finalmente fomos para o Santuário. Ansiedade e expectativa cercavam aquela viagem de poucos quilômetros entre o centro de Catas Altas e o Santuário. Passada a portaria temos uma estrada muito bem cuidada e com sinalização que nos prepara para tudo que está por vir. 

Dizeres como: você está chegando ao paraíso ou aqui tudo é liberdade, principalmente o amor a natureza nos dão as boas-vindas. 

E então chegamos ao Santuário, um lugar de fato de muita paz e tranquilidade, seja por toda a natureza ao redor, por seus jardins e acomodações. Um lugar diferente. 

Uma construção que data dos anos 1800, tão antiga, e simples, totalmente integrada à natureza que nos convida a momentos de paz, reflexão e descanso. Uma experiência de fato diferente e porque não dizer mágico. 

Andar pelos corredores do Santuário de certa forma vai acalmando o coração, colocando a gente em outra "sintonia". 

Ficamos ali por alguns dias, fizemos trilhas, fomos a cachoeiras, tomamos banho de chuva. 

A hospedagem no Caraça é daquelas acolhedoras. Debruçar ao fim da tarde nas janelas que dão para o jardim, acalma, tranquiliza. 

Nunca me importo com a hospedagem quando viajo. Mesmo porque sempre é apenas para dormir. Me distraio nos passeios e lugares que conheço, bato muita perna, e ao final do dia basta um chuveiro quente e uma cama para dormir. No Caraça era um prazer voltar para o Santuário após as trilhas. Era reconfortante, não era apenas a cama e o chuveiro. Era o lugar, a energia. 

Tinha também o Lobo, como não falar dele. Nos deu a honra sua presença durante todas as noites. Ficávamos no pátio ansiosos aguardando a sua chegada. Ouvindo as histórias de outros hóspedes já frequentadores do Caraça e com prazer ouvindo as ricas histórias de Padre Lauro Palú, que contava sobre o Lobo, sobre as plantas, biologia, suas fotos, viagens e experiências. A noite é um momento mágico. Mas não é só isso! O Caraça é muito mais e somente estando lá para entender. 

Costumo dizer que prefiro conhecer um novo lugar a voltar num já conhecido.

Mas o Caraça......Ahhh, esse sim, tenho que voltar. 

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