Intercâmbio


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Meu primeiro intercâmbio

Quando eu voltei da minha primeira viagem internacional, eu descobri que eu sofria de um mal chamado “wanderlust”, isso mesmo, eu tinha sede por viagens, acho que fui mordida por um bichinho que me fazia ficar em casa imaginando como seria viajar o mundo. E essa inquietude me fez decidir por um intercâmbio.

Além da vontade de sair por aí, outros vários fatores influenciaram minha escolha, principalmente o fato das grandes empresas optarem por aqueles jovens com experiências internacionais. E pode apostar isso é verdade, pois um dia preenchendo uma ficha, me deparei com a seguinte frase: “descreva sua experiência internacional, mesmo que seja só um abraço no Mickey”.

Agora, era o escolher país!

Comecei andar nas ruas observando as inúmeras propagandas de empresas de intercâmbio e também questionando alguns amigos que já tinham vivido essa experiência. E por fim, eu decidi pela IE intercâmbio.

Já no primeiro contato, eu adorei minha consultora, ela estava sempre disposta a responder todas as minhas dúvidas, por mais ridículas que elas fossem. A meu ver, essa afinidade é de suma importância, pois é a empresa, especificamente o seu consultor, quem te auxiliará e resolverá todos os problemas.

O primeiro passo, decidir o país e depois a escola, eu não tinha nenhuma indicação, apenas confiei nas opções que ela me dava (minha consultora). E juro, não me arrependiiii!

 A escola foi uma ótima escolha, tudo perfeito. Ela era moderna, bons livros didáticos, horários, o acolhimento dos professores e dos funcionários, a localização e tantas outras qualidades que distingue a EC SCHOOL.

Quanto à escolha do país, esse eu nem preciso dizer que foi perfeito, uma ilha paradisíaca, pequena e mágica. Assim é a ilha de Malta!

Depois de escolher o país e a escola, sentamos para analisar as minhas opções de hospedagem. Eu já era maior de idade, tanto no Brasil, quanto no país que eu iria (Isso é importante verificar). Além de aprender inglês, eu também queria um pouco de liberdade, e esses fatores me fizeram decidir por uma residencial estudantil.

Ou seja, vários jovens de diversas nacionalidades e costumes, dividindo o mesmo ambiente. Parece estranho? E é, num primeiro momento. Depois tudo é festa e você com toda certeza fará boas amizades e terá inúmeras histórias. Além de poder experimentar as comidas dos seus amigos na cozinha compartilhada.

Agora, vamos lá... na escolha de onde se hospedar, depende do que você procura no intercâmbio. Para conhecer a cultura local, as comidas e conviver com os nativos do país, vá para uma casa de família. Mas procure saber se algum aluno deu retorno sobre aquela família, pois, uma amiga teve problemas com a família que ela ficou hospedada. Eles limitaram a quantidade de banhos diários, além de não servir a refeição, caso ela se atrasasse. E o pior, ela não podia sair a noite, pois os “pais” não “deixavam”. Enfim, tudo deve ser pesquisado e conversado.

Outro fator importante na escolha do lugar é em relação sua experiência na cozinha. Caso você não saiba cozinhar, decida por um lugar que te ofereça alimentação. Pois, nas residências estudantis é necessário que você cozinhe sua própria comida, além de fazer compras e tudo mais.

“Quanto tempo devo ficar no intercâmbio?” Varia de acordo com a grana que você tem disponível pra investir e também o quanto você quer ou precisa aprender. Eu optei por 8 semanas de curso intensivo, sendo 30 lições semanais. Eram mais de 6 horas de aula por dia, e valeu muito à pena. Além, é claro, das aulas extras que a escola ofereceu e que foram grátis.

Sobre isso, vale frisar que eu não falava absolutamente nada de inglês, nunca havia feito uma aula se quer. Sabia o que todo mundo sabe, ou seja, o básico do básico. Fiz o teste de nivelamento e no decorrer do curso, eu mudei de nível duas vezes. E quando voltei pro Brasil, entrei no 3º ano de um curso com duração de 5 anos. Ou seja, 2 anos de inglês em 8 semanas. Claro, isso pode variar de aluno para aluno. E vai depender muito do esforço pessoal de cada um. Mas o fato de eu não saber nada, me fez estudar mais, até porque, eu precisava comer (ir a restaurantes) e me comunicar com os novos amigos.

Outra coisa que vale a pena citar aqui. Quando eu estava escolhendo o país que eu iria, a minha consultora excluía aqueles com maior numero de brasileiros. E ela dizia: “esse não, aqui tem muito brasileiro, você não vai aprender inglês”. Eu não sabia desse “preconceito” das pessoas que fazem intercâmbio. Mas tive uma experiência em relação a isso que vou contar pra vocês, e então, vocês tirem as próprias conclusões em relação a fazer ou não amizades com brasileiros durante o intercâmbio.

Como eu disse antes, eu não sabia inglês. E quando ouvia alguém falando em português eu ficava com vontade me aproximar. Ai um dia, na porta da escola eu ouvi uma menina falando português no telefone, tentei me aproximar, e ela falou grosseiramente que não queria amizade com brasileiros. Fiquei sem graça, pedi desculpas, mas não respondi nada e também não questionei. Pois, já sabia o motivo: “brasileiros atrapalham você aprender”. Enfim, eu iria passar o Natal e também o réveillon naquele país, e na véspera das festas de fim de ano, encontrei a mesma menina na cafeteria da escola. E ela estava sozinha, com o celular na mão, chorando. Novamente eu me aproximei, e queria saber se eu poderia ajudá-la de alguma forma. Ela me disse que estava triste, porque a família que estava hospedando ela era italiana e eles iriam passar o natal na Itália, e só voltariam depois do réveillon, além do mais, os amigos estrangeiros dela, não comemoravam o natal e nem sabiam da importância da data e que ela nunca havia passado sozinha.

Eu já tinha combinado com uma brasileira - que eu conheci num restaurante - de passar o natal na casa dela, e então ela me pediu pra convidar outros brasileiros e nós faríamos uma ceia. Eu não respondi nada para aquela garota, só repassei o convite e avisei, lá só terão brasileiros e o idioma da noite é o português. Ou seja, por mais que aprender o idioma seja o seu objetivo, que fazer amizade com estrangeiros é ricamente cultural, que o país que você está é lindo e tudo mais. Ali, aquelas pessoas, aquela cultura não é a sua, e os brasileiros, eles são o que você tem de mais próximo da sua família, do seu país, da sua casa, dos seus costumes. Faça amizade sim, você terá pessoas com quem dividir inúmeras histórias e terá ainda mais amigos quando voltar para casa. Então, fica a dica!

“E quanto custa tudo isso? Fica caro?” Meu intercâmbio foi para a Ilha de Malta, no sul da Europa, como eu já havia dito, é um país relativamente mais barato que os demais da Europa. No meu caso, ficou cerca de R$ 2.200,00 por semana, ou seja, R$ 17.000,00. Esse preço incluído absolutamente todas as minhas despesas, desde as obrigatórias, as taxas e também os gastos supérfluos. Claro, eu dei sorte e peguei o euro e o dólar bem baixos, se comparados com hoje. Por fim, é um dinheiro bem gasto. Vale muito à pena!

Algumas pessoas já me questionaram se esse valor diminuiria, caso eu tivesse feito todos os trâmites por conta própria. Então, eu não sei, mas que creio que sim, porém não seria uma diferença significante, e a minha inexperiência poderia me causar problemas. Ou seja, dependendo, vale à pena ter um intermediador e você poder se preocupar apenas com a bagagem, que não é nada fácil ajeitar quando o assunto é intercâmbio versus peso de bagagem.

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