De Norte a Sul, lugares para a tocha olímpica visitar enquanto percorre o Brasil
A tocha olímpica chegou quarta (3) a Brasília e foi recebida em uma cerimônia em que estiveram presentes atletas, ex-atletas, a comitiva dos Jogos e a presidente da República. Agora ela começa um trajeto por mais de 300 cidades, passando pelos 27 estados, em todas capitais e em cidades de médio e pequeno porte, até chegar ao Rio de Janeiro, no dia 3 de agosto, apenas dois dias antes do início da Olimpíada.
Para apresentar o Brasil à tocha, o Dubbi preparou uma lista de passeios, atrações e o melhor da culinária por onde o símbolo maior da competição irá passar, sempre com dicas dos nossos viajantes.
(1) Goiás
De Brasília, a tocha segue para Goiânia. Na bela capital goiana, a música sertaneja e as centenas de bons bares são a cara da cidade. O viajante Lucas Caiado, natural de lá, recomenda a vida noturna nos setores Marista e Bueno. Os parques, bem cuidados e com um verde impecável, merecem uma visita, principalmente o Vaca Brava e Lago das Rosas.
Depois a tocha segue para outras cidades de Goiás. Em Piracanjuba, a parada no Kibarlana é obrigatória para comer o famoso quibe goiano, recheado com frango desfiado, pequi (fruto típico do cerrado) e guariroba (um palmito mais amargo). Em Caldas Novas, é hora da tocha descansar um pouquinho nas enormes piscinas de águas hidrotermais de seus hotéis.
(2) Minas Gerais
Já em Belo Horizonte, a tocha deve ir assim que possível para a praça do Papa (praça Israel Pinheiro, que ganhou o apelido após visita do pontíficie nos anos 80), de onde se tem a vista mais bonita de BH. Para comer, o restaurante Xapuri é o que apresenta a melhor comida mineira, com um ótimo custo benefício, garante a viajante Lua Vacari, nascida na cidade.
Por último, na hora de cair na folia, a tocha deve ir para a região do Savassi, que concentra os melhores bares (Ideal e Cana são algumas opções) e baladas (Royalt Club, D Duck Club, dentre outras) da cidade.
Ah, sim, Minas ainda abriga as cidades históricas. A tocha vai conhecer Ouro Preto, São João del Rei e Tiradentes. Em todas elas, a tocha deve visitar ao menos uma igreja histórica, banhada a ouro, estilo barroca, e feita por mestres da arte como Aleijadinho e Ataíde.
Ouro Preto, por causa da Universidade Federal de Ouro Preto, tem uma vida noturna muito agitada, e o Porão Cervejaria reúne boa parte dessa vida boêmia. Em Tiradentes e São João del Rei, a tocha deve fazer o trajeto de Maria Fumaça que liga as duas cidades e contorna a bela Serra de São José.
(3) Bahia
Em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, hora da tocha conhecer nossas origens. Foi naquela região que a esquadra de Pedro Álvares Cabral desembarcou há 516 anos atrás. E lazer não falta por ali, que o diga a Passarela do Descobrimento, em Porto Seguro, mais conhecida como Passarela do Álcool. O grande perigo é a tocha encontrar um grupo de jovens em excursão e não querer mais continuar seu trajeto.
Ilhéus é terra onde o cacau é rei. Por isso, a viajante Barbara Pereira indica o suco de cacau do bar do Vesúvio. Ousado e diferente, mas simplesmente magnífico. Para o melhor da culinária baiana, o restaurante Bataclan faz parte da história da cidade e merece uma visita. Depois, a tocha deve mergulhar entre os surfistas em Itacaré, uma das mais belas praias do litoral baiano. As ondas chegam a ter mais de três metros de altura em julho.
(4) Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Ceará
Estados pequenos e próximos um do outro, a tocha vai conhecer um dos pedaços mais bonitos do Brasil. Começando por Aracaju, capital de Sergipe, a Passarela do Caranguejo é o local ideal para a tocha matar a fome degustando os melhores frutos do mar, embalado por música ao vivo presente em quase todos os estabelecimentos. Depois, um mergulho no mar na praia de Atalaia, a mais famosa da cidade. Se der tempo, visite o Cânion do Xingó.
Em Maceió, capital de Alagoas, algumas das praias urbanas mais bonitas do Brasil, como a do Gunga e do Francês. Mas é Maragogi, que não está no roteiro, a atual sensação do estado, com suas piscinas naturais tidas como as mais belas do Brasil. Então, tocha, já sabe: dá uma escapada do roteiro porque Maragogi realmente vale a pena.
Em Pernambuco, nem precisamos falar que a tocha deve conhecer Recife e sua vizinha Olinda, cidades com a cena cultural das mais fortes do Brasil. No entanto, a dica de ouro é quando ela estiver em Ipojuca. Mais precisamente no seu distrito mais famoso: Porto de Galinhas, que já ganhou inúmeras vezes como a melhor praia do país.
Por último, mas não menos importante, Ceará. Em Aquiraz, momento de ser radical no Beach Park, o maior parque aquático do Brasil. O Vaikuntudo, mais nova atração, em que uma boia desce em um funil gigante, vai ser a prova de que se as chamas não apagarem as Olimpíadas serão um sucesso.
Logo ao lado, a capital Fortaleza. Vale conhecer a praia do Futuro e suas dezenas de barracas, algumas verdadeiros complexos que têm até sauna. A barraca do Chico Caranguejo garante a noite mais animada, com música ao vivo tocando o melhor da música contemporânea brasileira.
(5) Pará e Amazonas
As duas principais cidades da região Norte (Belém e Manaus, respectivamente) têm passeios que duram dias em seus rios Negro, Solimões e Amazonas. Infelizmente, a passagem da tocha por cada lugar dura no máximo um dia, mas depois que acabar os Jogos ela pode voltar, não é mesmo?
Em Belém, não deixe de ir ao tradicional mercado Mercado de Ferro, conhecido "Mercado Ver-o-Peso". É uma das maiores feiras livres da América Latina e lá encontra-se uma diversidade de ingredientes, ervas, especiarias, frutas e legumes. A ilha de Algodoal é o lugar ideal para quem curte ambientes tranquilos e contato com a natureza. Fica a três horas de Belém (é preciso pegar uma van para Marudá e depois um barco).
Seguindo para Manaus, hora da nossa tocha voltar a se embriagar um pouco. Isso porque a Cachaçaria do Dedé tem as melhores bebidas de toda a capital amazonense. E depois, claro, o símbolo dos Jogos precisa nadar com os botos. Os pacotes incluem almoço, Encontro das Águas, comunidades indígenas da região. No Parque Ecológico de Janauari é onde os botos aparecem.
(6) Pantanal
Quando a tocha passar por Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), é hora de fazer uma pausa no Pantanal, um dos principais biomas do Brasil. Ele pode ser acessado a partir das duas capitais. Por Cuiabá, a experiência é mais rústica e intensa, segundo a viajante Sylvia Soares, de São Paulo. As duas cidades que servem de porta de entrada são Poconé (onde fica o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense) e Barão de Melgaço.
Para aumentar a intensidade da experiência, Sylvia recomenda hospedar-se em um hotel-fazenda, onde é possível ficar próximo da fauna (tuiuiús, jacarés, macacos, aves, muitos peixes, onças), conhecer a rotina do pantaneiro e degustar a culinária regional (arroz Maria Isabel, galinhada, ventrecha de Pacú, Jacaré a palito, bolo de arroz e tantas outras delícias).
(7) Serras catarinenses e gaúchas
Nos dois estados do Sul a tocha deve visitar suas respectivas serras. A de Santa Catarina, menos badalada, tem algumas atrações incríveis, como a serra do Rio do Rastro e sua estrada mais famosa: a que liga Lauro Müller e Bom Jardim da Serra, com curvas sinuosas e visão panorâmica que são por si só uma atração.
No Rio Grande do Sul, as cidades de Gramado, Canela e Bento Gonçalves reúnem o melhor da culinária gaúcha. As casas bem cuidadas, muitas no estilo enxaimel, combinam perfeitamente com os passeios como o Lago Negro (Gramado), a Catedral de Pedra (Canela) e as vinícolas de Bento Gonçalves (Aurora é a mais conhecida).
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COMENTÁRIOS:
David Andrade comentou 8 anos atrás
Animal!!! Texto sensacional