Uma das coisas que mais adoro em viagens é que fico mais aberta para o inusitado, para o inesperado, para o surpreendente. É claro que planejar é importante, mas é preciso ficar flexível e atento. Por isso, sempre que posso alugo um carro e “ganho a estrada”. Você fica com uma autonomia enorme para explorar lugares próximos, ir de um país a outro, conhecer a parte rural, pequenos vilarejos, tem um mundo todo de detalhes por aí que não se vê da janela dos aviões. Sempre trago boas lembranças, jamais me arrependi do valor.

Foi assim que conhecemos um pedacinho do Samuel Taylor State Park e o charmosíssimo Lagunitas Creek, esse riacho com pinta de Visconde de Mauá, à beira de uma estradinha na floresta, próximo a San Francisco (quem conhece Mauá, por favor, opine). Optamos pelo caminho com menos trânsito. E olhem o que ganhamos em troca!

Foto: Roberto Stelling 

A tecnologia é mega parceira nessa hora. Da primeira vez que me aventurei de carro fora do Brasil fui da cidade do Porto até Lisboa, em Portugal, passando pela Espanha, e só tinha o GPS como orientação. Agora há diversas e ótimas opções de aplicativos que te dão segurança pra explorar qualquer lugar, mesmo quando você está passando por vilarejos com pouco mais de 100 habitantes. Eu recomendo, viu? Tem cada cidadezinha no caminho, que só de carro! 

Apps

O aplicativo mais popular é, sem dúvida, o Google Maps. Baixamos os mapas dos nossos destinos, marcamos onde ficaríamos hospedados, onde planejamos visitar e conhecer, tudo certo! Ele funciona super bem, é atualizado, mas se você perder a conexão de dados, mesmo tendo os mapas, perde o acesso às suas informações, ou seja, ao seu roteiro. Nunca pensei que pudesse acontecer nos Estados Unidos, mas foi exatamente lá que ficamos incomunicáveis. Nem telefone, nem internet, nada. Salvou-nos o Here. 

Descobrimos este aplicativo no final da nossa última viagem à Europa. Basta baixar o mapa das cidades que vai visitar. Prontinho: ele localiza o seu telefone e mostra os caminhos para chegar ao seu destino. Mega útil também para andar a pé e de transporte público. Ele te acompanha passo a passo, como o Waze faz com os carros.

O Waze ganha dos outros quando o assunto é trânsito. Se você tem hora para chegar, opte por ele. O app calcula o melhor trajeto conforme sua preferência: caminho mais rápido, mais curto, com menos tráfego. A participação dos usuários, que avisam as ocorrências no trajeto, permite que as ocorrências do trânsito estejam sempre atualizadas, e, assim, ele oferece caminhos alternativos. Também recomendado para viajantes como nós, gente que quer curtir o próprio caminho, como no caso do Lagunitas Creek.

Se você está planejando sua próxima viagem, libere memória no seu celular e baixe os três aplicativos. É possível que você use todos, dependendo da necessidade.

Have a good trip!!

Dica 1: se você curte a voz da moça do GPS (eu curto kkkk) todos os apps têm versão em português e em outras línguas. O idioma vai depender do quanto você compreende e nem precisa ser fluente. A coisa não é realmente muito complexa: Em três quilômetros, vire à direita... O fundamental mesmo é ajustar a métrica para a utilizada no país onde você está dirigindo. Por exemplo, nos Estados Unidos toda a sinalização das ruas e estradas é em milhas. Demora um pouco pra acostumar, mas é bem pior ler uma distância em milhas na placa e ouvir em quilômetros no GPS.

Dica 2: Na última viagem encontramos a rádio ideal, com músicas dançantes, nossas velhas conhecidas. Mas nem sempre damos tanta sorte. Leve em seu iPod ou telefone ou mesmo um pen drive com uma boa quantidade de “músicas de estrada”. Se você é um viajante inveterado sabe do que eu tô falando, né ? Aquelas músicas que a gente escuta e se imagina no volante, a tarde caindo no fim da estrada... Ah! Adoro uma boa trilha sonora na estrada. Experimente!

- - - -

Se você curtiu esse texto, ficaria extremamente feliz se pudesse dar um nele aí embaixo ou compartilhar com seus amigos!