Aê, estava animada para escrever esse texto!

Essa é a primeira parte sobre uma viagem que conseguiu juntar as duas coisas que eu mais amo em 20 dias: Conheçer lugares novos e jogar handebol!

Eu começei a me apaixonar por esporte quando fui chamada para participar do time da cidade onde eu morava, Botucatu, interior de São Paulo. Depois joguei pela federação paulista no clube Hebraica e hoje jogo pelo Mackenzie, minha faculdade. 

Em 2012 fui participar de dois campeonatos europeus, O Partille Cup, na Suécia e o Droninglund Cup, na Dinamarca!

O Partille acontece em julho em Gotemburgo, e uma semana antes da cidade receber os amantes de hand acontece o Gothia Cup que é a mesma coisa só que com futebol e bem mais conhecido aqui no BR.

O Handebol Europeu é um dos melhores do mundo e poder jogar lá foi uma experiência incrível. Como eu não estava indo só como atleta mas também como viajante eu reparei em cada detalhe das diferenças culturais dentro e fora de quadra.

Uma das coisas que mais me impressionou foi quando fomos jogar contra um time de egipcias, lembro que elas usavam lenços na cabeça e calças para jogar. Estava um calor de 40 graus e elas também não podiam tomar banho com a gente (o banheiro era coletivo).

Na suécia só faz sol nessa época do ano, então para estarem "preparadas" para o verão, muitas meninas suecas fazem bronzeamento artificial. Acontece que por algum motivo elas ficam laranjas! Era bem engraçado na verdade, "as laranjinhas" marcaram nossa viagem. Meus amigos tinham uma conta de quantas conseguiram ficar e chegavamos no alojamento falando: " Puts, perdemos...o jogo foi 22 x 30 pras laranjinhas".

O transporte lá é um exemplo. Uma coisa fora do comum. Tudo faz sentido e os ônibus chegam no horário que está marcado.

Falando nisso, eu e uma a amiga nos perdemos do nosso técnico e do time em um shopping na Suécia! Acontece que ela não passou muito bem com as comidas de lá e precisava muito ir ao banheiro, que era longe. Acho que quem avisamos esqueceu de falar pra todo mundo e eles foram embora!

Me lembro até hoje dos minutos de desespero pensando o que eu iria fazer perdida naquele país, em um shopping que eu não fazia ideia de onde era com uma amiga passando mal...no fim ela lembrou o nome da escola que estávamos alojadas e eu pedi para uma menina (que por sorte falava inglês) no ponto de ônibus olhar qual linha devíamos tomar. Deu tudo certo, só tivemos que aguentar nosso técnico bem puto e com razão na volta. 

A Dinamarca foi uma íncrível surpresa. O campeonato aconteceu em uma fazenda incrível na cidade de Dronninglund. 

No refeitório, as comidas mais estranhas que eu já vi...arroz frio, muitos molhos diferentes e o prato principal:

Carne de Alce!

Mas tudo isso foi esquecido quando eu encontrei o que apresento a vocês como: A melhor coisa que comi na minha vida.

Segue a foto para vocês sentirem essa emoção comigo - 

Sim, quando estávamos indo para Dinamarca, a Júlia, uma amiga que já tinha feito essa viagem comentou dessa torta de morango mas eu não dei muita bola..

Acontece, que fazem quatro anos e essa iguaria servida em uma mini padaria em uma cidade na Dinamarca continua sendo a coisa mais deliciosa que eu já experimentei. Já me falaram para tentar conseguir uma receita e fazer aqui, mas essa é uma daquelas lembranças que é melhor deixar do jeito que está.

Cuidado, cão bravo - em Dinamarquês

Uma coisa muito legal que me lembro de lá são as máquinas que os supermercados tem que trocam embalagens PET por dinheiro.

Adivinhem qual era a sensação de um bando de adolescentes brasileiros: Catar a maior quatidade possível de garrafinhas e gastar todas as moedas em sorvete, sim, a gente ainda não bebia na época ( rsrs)

Conheçi times de todos os lugares do mundo, visitei umas cidades que eu não sei quando entrariam no meu roteiro, se não fosse esse esporte. Comprei tudo quanto é tipo de material de handebol e troquei camisetas com várias pessoas que não falavam minha língua.

Um time de espanholas que me ensinou sobre a questão do país Basco.

Viajar em grupo não é minha opção favorita, posso falar. Não curto muito fazer só o que já estava combinado e não deixar aquela magia da viagem me levar para coisas diferentes e únicas...mas viajar com o meu time foi uma coisa boa. Mesmo tendo seguido o roteiro deles eu aproveitei bastante e com 15 anos já tinha a certeza de que eu era mais feliz com o pé na estrada.

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