Hello gente! Acabei de voltar de uma viagem que passei anos sonhando: fui conhecer um pouco do Uruguai (essa era a parte do sonho) e Buenos Aires. Vou sub-dividir a viagem em vários posts, para poder contar BEM a minha experiência.

Hoje começo por contar dos primeiros dois dias de viagem, quando curtimos um pouquinho de Montevidéu.

Já começo com uma crítica: sempre me disseram que dois dias bastava, e eu ouvi. Me arrependo! Gostaria de ter ficado pelo menos uns dois dias a mais! Mas tudo bem, isso garante que eu volto (logo, espero!)

Chegamos no aeroporto a uma da manhã (saímos de Londrina no dia de Natal, chegamos só a uma da manhã do dia 26). Exaustos, e claro, sem trocar dinheiro, tentamos pegar um Uber. Aviso àqueles que terão a mesma idéia que wi-fi existe, o que não existe são muitos Ubers por lá, já que é SUUPER longe da cidade em si! Tentamos várias vezes, com dois celulares diferentes, e nada. Não tínhamos pesos suficientes para chegar no nosso hotel de taxi, e nem passava na cabeça tentar trocar dinheiro no aeroporto (que, claro, tem as piores taxas EVER). Pra nossa sorte, um outro casal de brasileiros estava passando por algo semelhante. Acabamos dividindo um carro, e saímos todos felizes. Mas, do aeroporto até a cidade velha saiu R$100,00.

Chegamos no hotel super tarde, e claro, nosso quarto não estava disponível. O Hotel é o Casablanca, fica pertíssimo do Centro Histórico, e está em reforma. Colocaram a gente num microquarto na área da reforma. Já havíamos decretado que se não nos trocassem de quarto pela manhã, iríamos procurar outro lugar. Mas, eles pediram mil perdões e nos colocaram num quarto bem bom, perto do lobby! Todo o tempo nos atenderam muito bem, e posso fazer vários elogios diferentes ao hotel! Tem um ar de velho, mas pelo preço, foi perfeito (exceto a primeira noite, que malemá dormimos direito).

O primeiro dia na cidade fomos conhecer a cidade velha. Queria passar o mês todo lá se me deixassem! Uma fofura! Vários prédios históricos, cafés... mas também tem muitos prédios de bancos e escritórios. Bem eclético o lugar! Mas um sonho!

Tomamos um café no “Café Brasileiro” que era um point de “must go” que encontrei nos sites por aí. Ficou carinho, mas a comida é bem gostosinha e o lugar é uma graça! Estava lotado, mas valeu a pena!

De lá, conhecemos a Catedral, Plaza de La Constituicion, Plaza Independencia, Teatro Sólis, e todos os mni-points. O museu que eu fazia questão de ir era o Museu dos Andes. Ele conta a história do acidente com o time de Rugby do Uruguai, que caiu nas cordilheiras e ficaram 72 dias “presos” no meio do nada. Juro, foi o melhor museu que fui até hoje. A história por si é tocante, e tivemos uma aula com uma das senhoras que cuidam do museu. Cada detalhe que ela compartilhava me deixava mais e mais arrepiada. A entrada não é cara: 200 pesos uruguaios (trocamos pesos por 8.10).

Continuamos nossa caminhada por todo o bairro até chegarmos no mercado Del puerto. Outro “must go” da culinária local. Lá as carnes são assadas em plena vista do consumidor, e as parrillas são sensacionais. O preço não é tão agradável! Pedimos um prato para dois (explico que dá tranquilamente, já que meu namorado é um aspirador e ficou satisfeito dividindo prato comigo – que também bato bem) e saiu coisa de R$100,00.

De lá fomos andando, sem pressa, e curtindo mais e mais a fofura daquele lugar. A arquitetura é toda pautada no antigo. Aquele foi um dos primeiros bairros da cidade, e tentaram manter daquele jeito! É lindo, e já ta me batendo uma saudade imensa!

A noite fomos a um bar local (aberto na segunda não são muitos), com uns drinks bem diferentes!

No dia dois, nosso último dia. Caminhamos pelo resto da cidade. Do hotel fomos até o palácio legislativo (que tem tour guiado só as 14h, então não ficamos esperando), mercado agrícola (que deu pra almoçar outra parrilla sensacional), estádio centenário, e pocitos. Fizemos tudo isso a pé. É uma pernada!! Então, para os loucos de plantão como a gente, levem tênis adequados a esse tipo de caminhada! 

No estádio centenário é possível tirar foto com a taça da copa do mundo, ver o museu do futebol, entrar dentro do estádio, e ainda ver a cidade de um mirante lindo!

Encerramos o dia na praia de Pocitos, apreciando a Rambla com todo o seu movimento! Jantamos perto do hotel, porque estávamos exaustos, e demos uma voltinha a noite na 18 de julho! Me sinto até mal por ter aproveitado pouco a vida noturna da cidade, mas o cansaço batia forte depois de tanto andar!

De Montevidéu dou algumas dicas bem bacanas:

- Restaurantes e hotéis dão desconto de quase 20% se pagar no cartão de crédito, e quase todos os lugares aceitam! Então, vale muito a pena (mesmo com uma cotação não tão favorável, e com o IOF).

- Comer barato é possível? Não sei não. Pra gente, não tivemos nenhuma refeição por menos de R$100,00. E acabamos gastando muito além do nosso budget.

- Uber não é como no Brasil. Pegamos vários bem sofríveis! Mas taxi é HORRIVEL! Deu até desgosto na única vez que nos vimos obrigados a usar o Taxi.

- Nossas refeições: Café Brasileiro, La Chacra (mercado Del puerto), Pelisser (mercado agrícola) e Ruffino. Nossos outros café da manhã foram comprados em supermercado – suco com alfajor. E recomendo todos e cada um deles com muito amor.

Algumas notas sobre a cidade:

- Achei uma graça eles andando com o chimarrão deles na rua – vulgo mate. Garrafa térmica sob o braço, e a cuia na mão.

- O melhor alfajor que comi lá, veio de Gramado, em produção especial para o Uruguai. E a erva de Mate que nos indicaram também era brasileira.

- Parrilla recheada = amor

- Refrigerante de pomelo = amor²

- Achei a cidade limpa³, muito arborizada, uma graça! E os locais, ao perceberem dois turistas perdidos vinham oferecer ajuda (tem como não amar?). Mesmo os que tentavam te vender algo, te davam ótimas dicas, e ainda contavam um pouco da história local.

Uruguai é amor, pelo menos pra mim. E pode ter certeza: eu volto!

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