Quando você faz amizade com alguém na viagem e só depois descobre que a pessoa é doida!
Você está num hostel, faz amizade e pensa: que cara legal!
Daí você sai pra um rolê com esse cara e tã-tã-tã-tãããã: Esse porra é loco!
Veja como conheci uma figura dessa em minha passagem por Maceió.
Pajussara
Cheguei em Macéio com a idéia de “andar de jangada”. Esse era um dos passeios que dá pra fazer na orla de Maceió eu sempre quis velejar e a jangada é o meio mais roots.
Logo após o check in, fui direto para a praia de Pajussara, onde partem as jangadas em direção as piscinas naturais. Como já tinha visto piscinas naturais em Maraú, na praia de Taipu de Fora, o que me interessava mesmo era a jangada.
Por sorte estava na hora certa, pois a maré estava baixa, necessário para ir as piscinas. Apesar do passeio de jangada ser bem curto, 15 minutos mais ou menos até as piscinas, deu pra curtir. É gostoso ir navegando somente com o barulho da água e do vento.

As piscinas naturais também são legais, tem um banco de areia, onde as jangadas param e todos descem e as piscinas ficam em volta. Forma uma farofada em pleno mar. Vendem breja, churrasquinho, drinks, muito engraçado. Aluguei um óculos, snorkel e curti o mergulho. Não vi tantos peixes mas gostei.

Ao voltar para o hostel encontrei o Manuel, um português que estava de mudança de Maceió para Canoa Quebrada e acabou sem casa um dia, por isso ficou no hostel. A mulher dele estava na casa da mãe em Maceió mesmo e pelo jeito não gostava dele. Cara gente boa e fez questão de ir comigo tomar uma breja na orla à noite.

Não quis fazer os passeios para o litoral sul de Maceió, não achei que pegar estrada, andar uns 30, 40 km pra ver praia estando nas boas praias de Maceió valesse a pena.
Por isso no dia seguinte fiquei em Maceió mesmo. No hostel apareceu outro cara, o Bruno. Quando me falou que participava de um grupo que tomava Santo Daime achei muito interessante e conversei muito sobre isso com ele.
Dei uma volta na praia e quando voltei vi o quanto ele é doido. No bom sentido claro! Ele encontrou um morador de rua e o levou para o hostel para preparar um rango pra ele. Me chamou pra acompanhar e ficamos conversando com seu Alfredo. Os anos na rua já fizeram efeito em seu Alfredo pois claramente ele “voava” de vez em quando. Á noite fomos no El lugar uma baladinha rock, com uma ótima banda. Tocaram vários clássicos com muita qualidade. Muito bom!
Os impostores
E eis que na manhã seguinte logo após o café, fico sabendo através do Bruno que estava tendo uma etapa do Circuito Brasileiro de Volêi de praia, e uma mulher que o Bruno estava meio apaixonado estava nesse jogo e ele inventou de ir lá encontrá-la, me chamou e eu fui.
Era o dia das finais, feminina e masculina, chegamos com tudo já começado e a arena montada na praia estava totalmente lotada! O jogo era gratuito e mesmo com o jogo começado ainda tinha fila pra entrar.
Ao olhar para a situação e vendo que não tinha como entrar por ali, o Bruno inventa de entrarmos como o impostor! Sim meus amigos, o cara assiste muita televisão. Na hora só pensei numa coisa: vai dar merda isso!
O maluco foi no carro e voltou com uma câmera semi-profissional e um notebook e a idéia era entrarmos como imprensa! Ao ver a área vip o maluco foi entrando sem dar satisfação, o segurança na hora barrou e ele na maior cara de pau:
O segurança viu o tremendo agá e já estava se preparando para nos enxotar como num desenho do Pica-Pau. O Bruno perguntou então onde entrava a imprensa e o cara apontou pra outra direção.
Fomos pro lado indicado mas ao invés de ir na imprensa o Bruno entrou direto na área de convidados, o segurança pensou em perguntar alguma coisa e ele já lá em cima na rampa:
– Imprensa! Imprensa!
E eu fui no vácuo. Não é que essa palhaçada de impostor funciona mesmo? Entramos na arena e ainda ficamos numa área técnica onde as duplas gravam os jogos para analisar depois.
Ficamos lá no migué, ele tirando foto e eu com cara de idiota com o notebook na mão. Vou confessar, tava com medo de chegar um segurança e nos enxotar de forma vergonhosa.
Pior que isso não aconteceu, quando entramos a final masculina ainda estava no 1º set e ficamos ali até o final. Para completar a cara de pau gigante, no final do jogo o Bruno invadiu a área de jogadores para pedir a camiseta do melhor jogador da final e conseguiu!
O cara chama Bruno também. No fim ele nem procurou a mina e fomos andar pela orla, ele com o troféu dele: a camiseta.


Eu aproveitei e tomei pela primeira vez um caldinho de sururu. Delícia! No dia seguinte fui na praia de manhã e quando voltei o Bruno já tinha ido embora. Deixou um recado legal e eu fiquei com a sensação que ia encontrar esse cara de novo. Será?
Quer saber mais algumas das minhas aventuras em viagens? Dá uma olhada aqui!
Abraço!
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COMENTÁRIOS:
Lou Mariano comentou 8 anos atrás
Adorei seu texto, vc escreve de um jeito leve e divertido! E q aventura! Hahaha muito legal ler sobre as experiências de outros viajantes. :D
Rosana Oliveira comentou 8 anos atrás
hahaha, boa história, tambem ja conheci um doido da eslováquia...em londres...o doido tocava na rua...a cama dele no hostel era cheio de moedas....ele dormia em cima delas mesmo e largava tudo por la....
Cristiano Carrozzi comentou 7 anos atrás
Rosana Oliveira em outra viagem, em Myanmar, conheci um muito mais doido, um argentino, kkk. Depois vou contar essa.
Cristiano Carrozzi comentou 7 anos atrás
Lou, entra no meu blog que tem mais textos, você vai gostar.
Rosana Oliveira comentou 7 anos atrás
vixii ... em Berlim tinha um argentino no hostel, com um cavaquinho, sim um argentino com cavaquinho, ahahahhaah que ficava tocando em todo local...
Sola no Mundo comentou 7 anos atrás
Nossa ri demais! Muito bom! Muito cara de pau